Deni Zolin

Em tempos de pandemia, que tal estudar e praticar a escuta empática?

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O estresse já habitual, agravado pelo medo e pela mudança brutal na rotina em tempos de pandemia, requer uma dose redobrada de cuidados com as relações pessoais e com a saúde mental. Como muita gente está quase confinada e convivendo mais tempo junto, fica uma dica: pesquise sobre a técnica da escuta empática. Há vários sites, vídeos no YouTube e livros que falam de sua importância e que dão dicas de como usar a escuta empática (ou escuta ativa) para melhorar as relações com amigos, filhos, colegas de trabalho ou qualquer pessoa.

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Em linhas gerais, as principais regras da escuta empática são: ouvir sem interromper a pessoa, não julgá-la, não falar que também passou por algo semelhante nem querer contar sua própria experiência, e não dar conselhos. Essas são práticas muito comuns no dia a dia, em função da nossa pressa e da nossa cultura de ficar interrompendo o que as pessoas falam e também de sair julgando os outros. Procure evitar tudo isso e comece a usar técnicas da escuta empática. Ela exige muita paciência, mas não é algo impossível de fazer.

Repare em si mesmo: quando um amigo, colega ou parente começa a contar uma história ou falar de um assunto, quanto tempo você consegue ficar calado sem interrompê-lo? Dez ou 20 segundos? É comum a gente interromper e disparar frases como "Que absurdo", "Você está maluco em fazer isso?", "Eu também passei por isso", "Você devia fazer tal coisa". É por isso que muitas pessoas têm uma péssima relação com filhos e amigos, pois não têm tempo nem paciência para ouvir o que está dentro delas, lá no fundo. O pai que só critica o filho gera uma falta de confiança e um medo que fará o garoto jamais contar ao pai um problema sério, por temer uma punição. O menino vai contar isso só para o melhor amigo, que não irá julgá-lo nem puni-lo.

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Outro aspecto fundamental da escuta empática é, após ouvir com paciência, repetir à pessoa de forma resumida aquilo que entendeu. Exemplo: "Pelo que entendi, você está se sentido triste ou preocupado porque não está indo bem na escola?". Só assim, a outra pessoa se sentirá compreendida ou poderá corrigir o que quis realmente dizer.

Estude as técnicas da escuta empática e tente praticá-las. Se não conseguir usá-la plenamente, mesmo assim, já terá ganhos na sua vida.

É importante deixar claro que a escuta empática não é tratamento e que as pessoas que necessitem devem buscar ajuda de profissionais como psicólogos e psiquiatras, ou serviços de apoio, como o telefone gratuito 188, do Centro de Valorização da Vida (CVV), que funciona 24 horas.

A propósito: essas técnicas de escuta empática deveriam ser ensinadas a todos os professores em geral e também a todos os alunos de Ensino Médio, pois preparam as pessoas para terem melhores relações sociais na vida pessoal e profissional.


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